E assim começa a vida!

Há tempos vivia uma criança que não tinha medo de sangue, injeção, não parava quieto apesar de que a língua vivia adormecida.
O medo sempre-lhe assombrou e por este motivo tentava não demonstrar para fugir da inferioridade que este mundo guarda a qualquer pessoa dessa época da vida. A criança foi crescendo e o medo sempre  a acompanhar. Na época da escola jamais pensou em sair da escola ao lado de sua casa somente pelo medo de estudar longe dos amigos de infância e por acreditar que não era capaz de enfrentar as barreiras da série (ano) seguinte.
O medo da fome era tanto que em um belo dia veio a ideia de ajudar os pais com a refeição de cada dia juntando minúsculos pedaços de carne bovina que sobrava no "chão" do açougue ao lado de sua casa e guardar em um pote de marganira dentro da própria cômida. Acreditanto que iria juntar um Quilo durante um mês e assim diminuir as despesas dos pais com a comida de todos os dias, não demorou para ver que as roupas além de federem estavam todas apodrezendo pela má consevarção da carne que ali estava.
Este fato é apenas um de tantos outros que demonstra a fragilidade de uma criança perante o medo. Podem está se peguntando como se chama esta criança. Digamos que esta criança é um pequeno mundo que todos os seres humanos têm dentro de si e aqui vamos chamar-la de EU.
Ao terminar o ensino fundamental o medo lhe assombrou mais uma vez devido agora o EU ter que estudar no período da noite e sair das tardes claras para o sobrio mundo da escuridão. Os anos foram se passando e quando pensou que estava a terminar o terceiro ano do ensino médio não tinha como pensar como iria enfrentar o medo da faculdade. Durante todo este tempo de estudo e medo paralelamente o medo do amor lhe deixava longe de compromissos sérios somente para fugir do altar.
O EU nunca se imaginava FORMADO, CASADO, FORA DA CASA DOS PAIS e principalmente PAPAI meramente por conviver sempre com o necessário e escondido medo.
Tantos anos se foram, mais precisamente 354 meses e 1 dia, para o medo lhe fugir. O EU de agora sente que o medo sai de dentro de si para enfrentar o mundo cara a cara somente por saber que um "eu" (Deus) lá de cima têm sempre algo de maravilhoso guardado para cada um de nós. Este medo, para o EU de agora, é apenas um caminho a percorrer para um dia darmos o verdadeiro valor da vida.
E depois do medo de falar, da fome, dos estudos, do amor o EU não sente medo de ser PAPAI por descobrir que só assim começa a vida.

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