As mães Joanas em festa.

Foto: bomvamosla
Historicamente as cidades pequenas de nosso país têm a tendência de nascerem das atividades ligadas ao setor primário (agricultura, pecuária, extrativismo) sempre o início da safra das chuvas (aqui me refiro ao Nordeste brasileiro).
Muitas lutas são feitas para a consolidação de um interesse. As lutas aqui não têm haver com o contato físico, mas nos bastidores das políticas eleitoreiras para formalizar um curral de votos que garanta a estes políticos, que não tem a mínima vontade mudar a realidade da sociedade nos 'cafundós dos bregas', uma vida longa e próspera nas mordomias da estrutura administrativa de cidade pequena.

Lá está a igreja e seus fiéis no coreto da morte. Lá está o campo de várzea e seus jogadores pernas de pau a eleger quem aparece de gravata prometendo quase tudo, menos a vida.
Lá estão as casinhas, seus povinhos, ruelas, doenças, mazelas, dores e risos tristes. Lá estão os colarinhos brancos misturados com o milho, arroz, feijão cultivados na terra sofrida.

Mas nem tudo é sofrimento, pois a cidade nasceu no mês de Dezembro (aniversário também do menino Jesus).
Já perceberam que muitas cidades do Território dos Cocais aniversariam neste mês de Dezembro? Fato isolado ou coincidência? Destino para se juntarem e festejarem o que não tem o que comemorar?
Não sei, só sei que futebol, na quadra ou campo, tem muito. Tem muito bolo cheio de açúcar para aumentar as doenças de quem vive de esmolas. Tem também discursos vazios de quem só promete que irá melhorar a cidade que governa. Têm novenas, musicalidade, santos e 'diabólicos'. 

E as inaugurações? Nem se fala nesta aparição como forma de salvador de tudo que há de ruim que construíram ao longo do tempo como donatários.

"Sou o que eu penso, para vocês, sou o que eu transmito".  

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