Coração Valente.

A democracia no Brasil já outra. Após 26 anos da última Constituição brasileira, o Brasil amanhece nesta Segunda-Feira, um dia após as eleições Presidenciais no 2º Turno, com uma nova cara, mesmo que a presidência continue com a mesma mulher, o mesmo partido.
É inegável que sejamos outros. A disputa mais acirrada para Presidente da República desde a redemocratização mostra isso. Para todos isso deve ser bom.
Por um lado eis que surgiu o espírito da mudança, mesmo que era tida como velha dos anos 90, e do outro a continuidade do que está dando certo, para muitos.
Cada um tem sua forma de ver e sentir o governo. O direito e a obrigação neste momento se unem em prol de melhorias práticas para cada um. 
Lula juntamente com o estado de Minas Gerais deu uma vitória ao Brasil, à Dilma.
Dilma venceu em 15 estados da federação, incluindo dois da região Sudeste (Rio de Janeiro e Minas Gerais). Deu um massacre na região Nordeste e Norte, com exceção de Amapá e Acre nesta última.
Aécio venceu em 11 estados e no Distrito Federal. Levou melhor nos três estados da região Sul e nos quatros da Centro-Oeste. Não venceu em nenhum do Nordeste, até mesmo no Ceará e na Paraíba que era tido como vencedor.

Em porcentagem numérica tivemos mais ou menos assim:
Região Sul: + ou - 2,5 milhões de votos a mais para Aécio;
Região Sudeste: + ou - 6,0 milhões de votos a mais para Aécio;
Região Centro-Oeste: + ou - 1,0 milhão de votos a mais para Aécio
Nestas três regiões Aécio somou + ou - 9,5 milhões de votos a frente de Dilma.

Região Nordeste: + ou - 11,0 milhões de votos a mais para Dilma;
Região Norte: + ou - 1,0 milhões de votos a mais para Dilma totalizando uma faixa de 12,0 milhões a mais para a mesma.

O que chama a atenção é que no estado onde Aécio saiu do governo com uma aprovação de quase 93% - Minas Gerais, o mesmo perdeu para Dilma fazendo assim uma grande diferença em prol do governo petista.

Agora muitos choram, enquanto muitos alegres estão, ainda mais, pela permanência do governo populista onde ajudou a distribuir a renda, o emprego, a educação, a saúde etc.

Não devemos nos comportar como país desenvolvido sendo um país emergente. Devemos ter sim a noção de limitação e vulnerabilidade socioeconômica.  Quero dizer com isso que ainda há muito que melhorar.

O Filósofo Roberto Romano disse nesta noite de 26 de Outubro depois do resultado final: "O PT e PSDB são primos e acham que o que fizeram tiveram méritos próprios e esquecem de que tudo que foi feito nestes últimos 20 no Brasil foi e está sendo por conta de Itamar Franco lá no início da década de 1990". Este nomeado professor quis dizer que a expansão do emprego, da renda, do controle da inflação, a acessibilidade à educação e à saúde, o crescimento do setor primário, da abertura comercial internacional com inúmeros parceiros comerciais pelos quatros cantos do planeta, pelo surgimento de novas fontes de energia foram feitas nestes dois últimos comandos presidenciáveis (PT e PSDB) com a ajuda do estadista Itamar Franco.

Independente da burrice de quem é formado, da "ignorância racional" dos bem sucedidos capitalistas do país ou da sabedoria de quem é necessitado, refém de um governo ou sistema de sobrevivência, hoje celebramos um Coração Valente, coração este do Brasil que amadurece, nem tanto, com a discussão ideológica/social, e não partidária, de como e para onde seguir, caminhar.

Devemos agir de acordo com o momento, o espaço que vivemos. E percebo que o momento é feito de mudança interna. O PT irá começar seu fim de ciclo, ciclo este necessário. Os pobres tinham que ter vez pelo menos uma 'vez' na vida para o bem do equilíbrio financeiro. Caso não entendam isso, espero que entendam que qualquer país de onde copiamos inúmeras formas de viver, um dia fizeram o que o Brasil está fazendo hoje. Tornaram-se desenvolvidos, com o Brasil não será diferente. No fim do século XXI iremos ter em nossos livros e memórias lembranças de um governo de início de século revolucionário onde quem não comia passou a comer, quem não estudava, passou a estudar, quem não entendia, passou a compreender, quem não produzia, passou a criar, quem não enxergava, passou a ver e que não sonhava, passou a sentir, sentir o que apenas as pessoas do Sudeste e Sul do Brasil sempre sentiram deste a nossa exploração portuguesa - gostinho de VIVER.

"Sou o que eu penso, para vocês, sou o que eu transmito".

Fto: ebc.com

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