Os jumentos estão amarrados

Há mais de 100 anos a estratégia é a mesma.

Desde que começou a República no Brasil, o jumento, ou os jumentos, está (ão) amarrado (s).

Nesta foto, de 1927, do gaúcho Storni, quais esperantinenses podem ser comparados ao jumento?
Muitos? Isso mesmo.
E quais esperantinenses se parecem com o homem de chapéu e óculos?
Poucos.

Esta foto retrata a força política oligárquica através do voto de cabresto.
Daqui a alguns meses os esperantinense, bem como todos os brasileiros, estarão novamente vivenciando mais uma rica eleição partidária para escolherem seus representantes políticos.

Como é de costume, e infelizmente alguns costumes põem a perder, a corrida por simpatizantes eleitorais já começou.

Os pretendentes em ter poder político começam suas estratégias partidárias para vencerem nas urnas.

Onde tiver aglomeração populacional é boa oportunidade para se mostrar como bonzinho para administrar a cidade.
Uma festa no interior? Aqui está meu patrocínio.
Um torneio de futebol? Aqui estão as meias, as chuteiras, as bolas (estas não são as que deverão ser chupadas), os troféus e a valor da premiação.
Quem der o valor mais alto entregará o troféu para o campeão e quem der o menor valor entregará para o vice-campeão.

No fim do século XIX e início do século XX os políticos não tinha tanta preocupação em conseguir votos da classe mais pobre, pois estes oligárquicos mandavam e desmandavam na vontade do povo, até mesmo na hora de escolher os gestores.
Era só o coronel dar o recardo em quem votar e ponto final.

Hoje, mesmo que não seja assim no pé da letra, as coisas mudaram pouco.

Os 'coronéis' mostram sua força econômico-política através de uma propaganda pesada, no entanto enganosa. Essa é a forma de manipulação. Pela visão, pela alma, pela fraqueza de quem dar mais valor no que ver e não no 'ser'.

Os pobres coitados (jumentos) que vivem à sombra desses coronéis, seja trabalhista e consequentemente financeira, só falam e fazem o que o todo poderoso manda.
Aonde o coronel vai, os jumentos vão atrás. Uma verdadeira carreata de bajulação.
Compreendemos que estes 'jumentos', improdutivo de ideias, fazem isso para sobreviver. Ou mora nas terras dos dos coronéis ou recebem um trocadinho para sustentar as crias.

Dessa forma são amputados de sua coordenação motora. 
O coração só bate quando o coronel está por perto.
Só movimentam os músculos do rosto em um belo sorrido quando o coronel surge.
As pernas e os braços se movimentam a cada mandado feito por quem paga seu salário.  

Alguns coronéis só são felizes quando são bajulados, mais felizes do que na cama.
É quase uma vitória nas urnas.

E assim a Primeira República é sentida e vista nos dias atuais.
O poder econômico ainda continua a fazer dos jumentos zumbis sem alma, sem coragem, sem vontade, sem amor.
O poder político caroneia a sociedade mais fraca em suas interpelações de como é fácil prender um jumento a um pau que dar sombra apenas em época de eleição.

A vontade de vomitar sempre vem a mim quando vejo estes 'jumentos' caminhando atrás do coronel igual aos filhos retirantes do nordeste atrás de seus pais a procura de uma vida melhor.

'Jumentos' da mídia, os da zona rural, dos desprotegidos da política social, dos desempregados, dos vândalos, dos mendigos, dos 'gravatados', dos medrosos, etc., espero que este cabresto seja curto igualmente às suas ideologias.

"Na vida nada é tudo, tudo é pouco e pouco é nada, portanto, vivemos em um ciclo vicioso".

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