Filho de peixe, peixinho é

O velho e atual, como sempre, ditado popular se refere à absorção da geração mais nova dos costumes da geração mais antiga.
De pai para filho! Já ouviram falar nisso?

É uma generalização que limita e justifica as ações dos pais e dos filhos, para o bem e para o mal”, diz o psicólogo Carlos Bien.

Pois é. Esperantina com seus quase 100 anos de construção social, econômica e política vive um aprendizado espelhado.

"Vivendo e aprendendo" já falava o filósofo.

O filósofo em questão aqui não tem espaço neste chão - de giz, de cal, de lama.

A cidade de Esperantina é tida como uma cidade comercial. Já foi religiosa, foi turística, foi, foi e foi de novo, e atualmente é mais nada, ou quase.

Por outro necas, querem que seja alguma coisa. 

Quem sabe dos políticos exemplares, árduos trabalhadores que superam os servidores públicos de carreira? Não.
A fora da lei? Também não.
Do Orgasmo? Gozei. Também não, pois a gozação seria grande, ou maior ainda.
Da lama? Ainda não.
Das drogas? Quase lá.
De Leonardo das Dores? Quem sabe!
Da Micarina? Nãaaaaao.
Do Rio Longá? Hum, pode ser. 

Já pensou nossa cidade ser reconhecida estadual e nacionalmente como a cidade que destruiu um rio pelo simples capricho capitalista de quererem celebrar o não celebrável acontecimento do peixe?

Esta cadeia produtiva é importante. Promove trabalho e renda. 
Energia, que não temos, é consumida. Ração é comida. Matas destruídas. Açudes feitos. Afluentes do Longá assoreado. Festa promovida, tradição findada em uma só canetada.

Muitas cidades do Piauí a fora tem sua festa anual marcante para homenagear uma atividade econômica e seus resultados.

Esperantina não poderia ficar fora.

A cachaça é celebrada. O bode é aclamado. O inverno é esquentado. A uva mordida.

O peixe não pode deixar de morrer pela boca. Que se faça festa. Que os costumes sejam copiados. Em nosso sangue latino temos disso.

A carne branca é saudável. 
Viva a herança passada de pai para filho, opas, de peixe para peixinho é.

Fto - fabioduraes
 

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