Malandros e otários

Acendo um cigarro, puxo um tamborete, mando ligar em uma estação de rádio e peço um cerveja bem gelada.
Quero saber as últimas notícias das baladas, das últimas politicagem desse país, dos últimos descasos urbanos. 
Começa a esticar as pernas. A manhã foi longa dormida em uma rede preguiçosa diferente  da última noitada nas zonas da cidade.

O café da manhã, que deveria ser do meio dia, foi fraco. Pão e café preto e mais nada. A noite deixa qualquer um liso, liso até para o café.

Enquanto os otários acordam 6 da manhã para pegar no batente, nós, que nem somos filho de uma pátria sem nação, procuramos nos dar bem a custo do suor de quem tempo para trabalhar.

A culpa da minha malandragem é daqueles que fazem esse Brasil desde a época da colônica onde sempre existia os que trabalhavam e os que deles sobreviviam.

Então é um processo histórico onde estamos apenas sendo malando enquanto a maioria, principalmente pobres, são otários em querer carregar nos ombros o progresso de uma pátria sem futuro.

É assim que vive o Brasil.
Os privilegiados, e os folgados, são os que são malandros. Ditam as leis para benefícios próprios.
Não sabem o que é respeitar nenhuma norma de conduta moral comum a todos.
A expressão mais viva dessa malandragem é o "jeitinho brasileiro" incorporado por este país em tudo que irá fazer.
Do coletivo ao individual, do público ao privado, do econômico ao social.
Na educação, saúde, trânsito, nas obras, na casebre ou no palácio, sempre há o jeitinho de se dar bem a custo do mal da maioria.

Essa maioria se passa de otário, dos errados na história.

Assim é nosso país, onde depois de várias geladas em um fim de tarde no bar da esquina, o malandro nem agradece o garçom e ainda pede para o dono pendurar a conta naquele caderno já sem espaço.
A noite se aproxima e a continuidade da malandragem irá continuidade em quanto o otário está voltando para casa descansar para o dia seguinte continuar a trabalhar.

Fto - geradormemes

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