Joaquim José da Silva Xavier!!!!!!!!!!!!!!
- 1746: Nasce em Pombal, distrito de S. José d’el Rei (hoje Tiradentes), Minas Gerais, Joaquim José da Silva Xavier. Os pais são Domingos da Silva Santos, nascido em Portugal, e Maria Antónia da Encarnação Xavier, nascida na Vila de São José d’el Rei (Brasil).
- 1755: Morre Maria Antónia; o viúvo e os órfãos mudam-se de vez para a Vila de São José.
- 1757: Órfão de pai.
- 1780: Arregimenta-se como soldado.
- 1781: É promovido a Alferes.
- 1786: A mando do governador da capitania de Vila Rica, leva brilhantemente a cabo estudos demográficos, geográficos, geológicos, mineralógicos - quer de aplicação civil, quer militar.
- 1788: Envolve-se na Inconfidência contra a Coroa portuguesa
- 1789: Como conspirador, é preso no Rio de Janeiro.
- 1792: É enforcado em praça pública e depois esquartejado.
À BEIRA DO FIM...
Tiradentes incita os Inconfidentes.
- 1789, Rio de Janeiro.
A 1º de maio aparece na cidade o coronel Joaquim Silvério. Logo trata de visitar - e com que freqüência – o conde de Resende.
No dia 2, grande azáfama. Cubículos especiais são mandados construir em algumas das piores prisões. A sua guarda pessoal passa a ser constituída exclusivamente por portugueses. Dois granadeiros são encarregados de vigilância extraordinária. Informações sobre as origens de todos os seus soldados são solicitadas com urgência – estes são portugueses, aqueles são brasileiros....
Os granadeiros vigiam Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, por causa do ofício que aprendera com o padrinho. Agora é alferes do Regimento, pago por Vila Rica, Minas Gerais. Procurava gente que o ajudasse a libertar o Brasil através duma conspiração abominável.
Sabedor de tal crime, o governador de Minas havia encarregado o Coronel, amigo do suspeito, de seguir seus movimentos e comunicar seus achados diretamente ao
Vice-Rei. Tiradentes sonha. Ao ajudante de artilharia Nunes Cardoso, proclama: - Esta terra há ser um dia maior que a Nova Inglaterra! Mas as suas riquezas só as poderemos alcançar no dia em que nos libertarmos do jugo dos portugueses, para sermos os senhores da terra que é nossa.
Nunes Cardoso empalidece. Roga-lhe que nunca mais se refira a tais assuntos… Mas Tiradentes não desiste. Pede a várias pessoas que lhe traduzam livros políticos ingleses, também a Declaração da Independência americana. Alguns dos livros têm até referências elogiosas à República…
Os amigos pedem-lhe que pare. "Além disso, tens estado a ser seguido por dois granadeiros", informam-no. Tiradentes primeiro pensa
Pede um bacamarte emprestado e inicia os preparativos para a fuga. Mas, vigiado como anda, logo percebe que é impossível fugir. Esconde-se. Em viagem anterior, havia curado a chaga cancerosa no pé da filha de uma viúva. Pede-lhe ajuda.
O decoro manda que não alberguem homem
O desaparecimento de Tiradentes provoca pânico entre os adversários. Na manhã do dia 8, pede ao padre que visite o coronel Joaquim Silvério, que continua a julgar seu amigo. O delator, que periodicamente envia relatórios escritos ao Vice-Rei sobre as atividades do amigo, finge-se preocupado. Quer saber do paradeiro de Tiradentes para poder ajudá-lo...
Mas o padre é jesuíta, contorna a inquirição, afirma não morar na Corte. Silvério não desarma e, ao encontrar na rua, no dia seguinte, outro clérigo, pergunta pelo padre Inácio. - Tenho bom negócio a propor-lhe. O outro cai na esparrela e eis o padre Inácio arrastado para o palácio do Vice-Rei.
Pessoa comum, não resiste às ameaças, inclusive de morte. A teia começa a ser tecida.
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