Futebol de Campo em Esperantina está sem representação.

Foto: quasetudofutebol
Lembro como se fosse hoje, quando os fins de semana se aproximavam, das expectativas criadas para ir assistir uma partida de futebol no antigo estádio de Esperantina.
Torcia pelo o Mangueirão. Verde e Branco. Lembram? Hoje quando converso com alguns ex-atletas desse time sinto a tristeza em seus semblantes por não ter por quem torcer depois de tanto esforço feito dentro de campo.
Não tinha esta de esperar por uma festa dançante muito menos ir fumar maconha ou crack aos fins de semana. Paredão nem existia, 'para nossa alegria'.
A questão era separar um dinheiro lá da 'quitanda' para pagar a entrada e comprar alguns 'dindins' para assistir, sentado no capim ou na cadeira levada de casa, aqueles heróis do esporte esperantinense.

Os dias passaram. A quitanda desapareceu e com ela o estádio. Surgiram os paredões, o namoro já não é mais em pé. As filas são para entrar na 'boate' e na 'tenda'. Dindin? Que nada. Agora é Soverte.
Muitas coisas mudaram. Uma até que deveriam. Outras, jamais.

Não temos mais expectativas esportivas. Sobrevivemos de uma 'capital do futsal'. E nada mais. 
E o que fazer nos fins de semana se não temos mais onde assistir um belo futebol feito por homens bons de bola? Para onde correr?

Agora mesmo um time de campo daqui de Esperantina está participando de um Campeonato. Mas não é aqui. É na cidade de São João do Arraial. O time "Real Junior" participa do Campeonato dos Cocais realizado no estádio de lá. Este time, hoje, representa nossa cidade neste torneio. Já jogaram duas vezes. Não perderam nenhuma partida.
Os representantes do time, por necessidade e amor ao futebol, foram em busca de patrocínio da Prefeitura Municipal antes mesmo de começar tal campeonato. O gestor até que recebeu o técnico. E mais, prometeu que ia ajudar. No entanto até agora nada de ajuda. Nenhum incentivo foi dado para que o 'Real Júnior' represente bem nossa cidade como muitas vezes times do passado nos representou.  
O gestor deu a ordem, mas quando o técnico foi buscar a prometida ajuda, o secretario responsável pela pasta esportiva falou que não tinha como contribuir.

Caso o time cheque à final do campeonato, com certeza toda a turma estará presente se passando de preocupada e incentivadora ao esporte.

E assim vou lembrando o meu passado glorioso, pois meu presente não me dar esperança alguma para um futuro melhor.
Chupar dindin agora transformou em chupar o dedo a esperar por incentivos que faça nossa geração não se perder, ainda mais, nas drogas invés de estarem praticando cidadania em praças esportivas com apoio de quem tem a obrigação de me fazer continuar a ter expectativas, não só para os fins de semana, todos os dias.
Em terra onde é comandada por ex-esportista não é de estranhar que o único futebol de campo praticado é o de 'botões'.

"Sou o que eu penso, para vocês, sou o que transmito".

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