Trilogia do Peixe - Parte 3 - Meu ceticismo

Este show do nacionalmente conhecido Luan Santana dentro dessa belíssima IV Festa do Peixe pegou muita gente de surpresa.

No ano de 2017 se Amado Batista floresceu as inúmeras questões sociais prioritárias para os esperantinenses imagine Luan Santana em 2018.

Para um ano decisivo no meio político onde vários partidários se sentem obrigados a não perderem o Foro Privilegiado para não serem investigados e consequentemente descobertos nas falcatruas da vida política, reunir forças para iludir a plateia eleitoral se faz necessário até ultrapassar todos os limites do bom senso social.

Uma atração como esta deverá consumir mais de meio milhão de reais entre contratação, logística de transporte e comunicação, hospedagem, segurança, alimentação e marketing.

Em sua quarta edição, longe de se tornar tradicional, seria a hora de trazer uma atração como esta?

Meio milhão, saídos sei lá de onde, seja do Ministério, do governo do estado, do SEBRAE, das emendas estaduais e federais, do setor privado (acho muito difícil) e da própria prefeitura municipal poderia fazer um grande "estrago" (para não dizer terremoto) social para nossa gente/em nossa gente.

Imagine nossa gente caminhando para o Estádio Municipal aos fins de semana para assistir nossa juventude longe das drogas e da prostituição ao praticar o esporte.

E que tal passarmos a ter um Matadouro Municipal digno?

Nossa gente não sofreria tanto em um trânsito caótico.

E caso não quisesse ir ao estádio poderiam ir ao Ginásio Nogueirão para umas partidas de vôlei ou futsal, para uma capoeira ou Karatê. 

Meio milhão transformado em canteiro de obras seria muita renda, muito calçamentos, muito saneamento básico, muita sustentabilidade ambiental, muita estradas vicinais conservadas, muita agricultura familiar, muita iluminação pública onde há escuridão, livros na biblioteca, mais postos de saúde e de segurança, etc.

Tanto poderia ser feito durante o ano todo com esta verba que está sendo direcionada apenas para quatro dias, uma noite.

O povo precisa festejar, sorrir, brincar, se divertir? É claro que sim, mas só depois do trabalho. E onde há postos de trabalho em Esperantina? Só se for em uma pousada da Avenida Petrônio Portela onde ônibus e mais ônibus saem aos fins de semana para os grandes centros urbanos do país levando nossos jovens, nossos pais de famílias à procura do que comer.

Estará na festa? Que pergunta mais besta que vocês me fazem. É evidente que sim, apesar de que não precisa ser vidente para ler uma mão que quer dar em troca de quatro anos no poder.

Uma atração mais simbólica seria uma boa iniciativa.

Alceu Valência, Marília Mendonça, Zeca Baleiro quem sabe.

E aqui fico com minhas dúvidas, minhas incertezas caminhando em busca de uma verdade, não com a boca fechada mais com o anzol pronto para pegar a isca do saber.

Fto - vgnoticias