Nova aposta familiar
A velha política herdada do patrimonialismo político brasileiro.
Será que somos, perante a Lei, iguais sem distinção de natureza? Duvido muito. A continuação dos abastados prova que não somos mesmos.
Quem deve nos governar? Os que mais trabalham, os que mais se esforçam, os que tem méritos ou apenas os que herdam o poder oligárquico de famílias tradicionais que penduram desde a colonização brasileira?
Temos a mesma chance de chegar ao poder político do que a família Sarney, Neves ou mesmo Sampaio daqui do Piauí?
Muitos aventureiros tentam quebrar este paradigma político de famílias tradicionais. Poucos conseguem êxito.
De acordo com a ONG Transparência Brasil, em um estudo de 2014 (ano da última eleição presidencial), quase 50% dos parlamentares brasileiros que tinham começado o último mandato possuíam PARENTES na política.
Uma exceção foi Themístocles Filho. Seu irmão estava em campanha pela reeleição para o parlamento federal. Não saiu vitorioso.
Dois anos após as eleições para o parlamento federal, novamente o irmão de Themístocles Filho não venceu as eleições municipais.
Themístocles Filho deve ter cansado das más atitudes do irmão como um ator político coadjuvante e decidiu colocar seu desconhecido político filho como candidato a Deputado Federal para que a história da oligarquia familiar não seja quebrada.
A aposta é arriscada, mas para um ator político experiente como é o presidente da ALEPI este risco diminui muito, pois o poder político bem como o econômico nunca faltou à família Sampaio.
Resta saber se o filho tem vocação para a política e se esta é o bastante para merecer governar o povo.
Pelo jeito será apenas a continuação da sombra familiar que tanto reina em nosso país fazendo de nossa política apenas um meio para se chegar aos fins próprios.
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