Esperantina não realiza festa do trabalhador devido à semelhança com o PT
maio 06, 2025Comemorar o Dia do Trabalho, ou do Trabalhador, virou sinônimo de festa da esquerda, festa do PT no Brasil.
A semelhança é dada pela luta pelos direitos: se for pelos direitos do patrão, é de direita, não tem festa, mas se for pelos direitos dos trabalhadores, é de esquerda, aí tem festa.
A cidade de Esperantina tem a tradição de comemorar os festejos: de São Sebastião (janeiro) e Nossa Senhora da Boa Esperança (setembro). Pelo menos tinha.
Além do mais, a cidade comemora a festa junina.
O carnaval, tradição nacional, não é comemorado como deveria, apesar de que em alguma época se transformou a semana santa em um carnaval fora de época.
Fora isso, apenas algumas manifestações simbólicas e pontuais.
Quanto ao Dia do Trabalhador (dia do trabalho) - 1º de Maio -, as comemorações sempre se deu através da Igreja Católica e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da cidade.
Nunca pelo Poder Executivo, fora alguns apoios a estas duas instituições: Igreja e Sindicato.
Esta comemoração se fortaleceu a partir da década de 1980 com a chegada do Padre Ladislau, onde o trabalhador católico passou a ser, entre aspas, valorizado.
As festas de 1º de maio eram uma marca da duas instituições que movimentavam o calendário festivo da cidade. Eram realizadas inúmeras atividades, seja na cidade ou no interior para comemorar a luta do homem e da mulher que sustentam a economia local.
Com o desmantelo da centro-direita, em paralelo com as igrejas evangélicas, junto ao imaginário dos proletariados, a festa do trabalhador perdeu ainda mais significado em Esperantina.
O governo de centro-direita que governa a cidade, sequer fala em festa do trabalhador, pois antes de mais nata faz alusão à esquerda, ao PT. E este governo não quer saber de PT.
As festas agora são dos Patrões, para celebrar a realeza, os cabeças, jamais a ralé, a massa populacional.
Há cinco anos o 1º de maio não passa de uma simples data.
O desmonte estrutural está em curso, políticas, monumentos, histórias, símbolos, em especial que conotam algum vestígio de esquerda, de PT, estão na esteira da centro-direita. Muitos nem percebem.
Enquanto isso, verbas públicas são 'investidas' em shows evangélicos. Já perceberam? Fica a dica.
Fto - mppi

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