O vice vai para...

... o espetacular telefonema em cima da bucha.

"aló, estou ligando para dizer que não foi possível está presente neste momento importante da comunidade, você sabe não é mesmo? Estou muito ocupado. Mas não se preocupe, quando chegar por em nossa terra natal lá pela metade dos Festejos de São Sebastião eu darei meu patrocínio. Você pode chamar um dos meus para entregar a premiação".

O Brasil tem disso. Uns ajudam os outros. Mesmo que ajuda tenha segundas intenções, mais pelo menos ajudou, já diria os conformados.
Uma vez disse a vocês que no futebol, ou em todos os esportes praticados hoje em dia, sempre há quem ajuda mais do que os outros. Esta ajuda pode ser em relação ao trabalho físico, ao tempo dedicado ou principalmente ao dinheiro dado.

Quanto ao patrocínio financeiro, funciona quase como um leilão: quem der mais terá o privilégio de entregar o troféu para o campeão.

Quem der um pouco menos fica com quase desonra de entregar a premiação para o vice campeão.

Mas esta questão de entrega da premiação é o mínimo. Pelo menos para quem está patrocinando, acho eu.

Uns ajudam financeiramente porque gostam mesmo de contribuir para o esporte, como um todo, funcionar. Se sente obrigados em contribuir.

Por outro lado, existem pessoas, ou instituições, que só 'ajudam' financeiramente pela visibilidade e consequentemente o retorno através do aumento na venda de seus produtos ou serviços. Administrativamente falando, esta atitude está corretíssima.

E quando esta ajuda vem dos políticos partidários em ano eleitoral? O que dizer? Devemos duvidar de sua ação individual ou devemos achar que eles estão certos em contribuir com o esporte?

Recentemente um ex-deputado, mesmo sem patrocinar um campeonato de futebol, teve o prestígio de entregar a premiação para o vice campeão, pois o primeiro colocado recebeu o troféu do maior patrocinador do torneio.

A organização do campeonato nos informou que o ex-deputado, que tem serviço prestado para com a comunidade, assegurou através de uma ligação de última hora que o mesmo dará seu patrocínio em breve e sendo sim teve o direito de que um de seus representantes que estava no local entregasse tal premiação.

Na verdade vos digo: fez isso para não começar o ano sem sair na foto onde a gestora municipal esteve bem presente. Uma questão maquiavélica para atenuar os prejuízos eleitorais que poderia ter sem um patrocínio perante uma comunidade que tanto se ver marginalizada pelas políticas públicas durante décadas e mais décadas e que só em época eleitoral presencia promessas.

Pelo menos não tivemos o desfile de bajuladores como se fosse uma carreata ao chegar ao campo como aconteceu no II Torneio Zé Café.

"... os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente".

Fto - camiseteria 

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