Quarta Revolução Industrial
A edição deste ano do Fórum Econômico Mundial, teve como tema central a chamada "Quarta Revolução Industrial".
Essa realidade, que já começamos a experimentar no dia a dia, significa
uma economia com forte presença de tecnologias digitais, mobilidade e
conectividade de pessoas, na qual as diferenças entre homens e máquinas
se dissolvem e cujo valor central é a informação.
Mas, será que o Brasil está preparado para essa nova revolução?
Segundo
especialistas ouvidos pela BBC Brasil, o país se saiu bem na redução de
desigualdade social na última década, mas precisa investir mais em
educação e inovação para obter ganhos em produtividade e geração de
empregos nesta nova economia.
"O grande desafio à frente é manter
os avanços sociais e estimular o aumento da produtividade", afirmou
Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal (Comissão Econômica para
América Latina e Caribe), órgão ligado à ONU.
"Novos pactos sociais" são importantes para que esse momento de rompimento econômico transforme-se em oportunidades, avalia.
"É
necessário construir novas alianças que transpassem partidos políticos e
viabilizem condições para a criação de um novo ciclo de investimento",
disse Bárcena. "Integrar mercados regionais em tecnologias-chave, por
exemplo com a criação de um mercado digital comum, e o incentivo a
cadeias regionais de tecnologias e produtos verdes."
O Brasil tem
elevado o investimento direto em educação. No período compreendido entre
a virada do milênio e 2013, o total cumulativo investido por estudante
ao longo da vida acadêmica, do jardim de infância à universidade, passou
de R$ 106 mil para R$ 162 mil. O aumento de mais de 50% tem base em
dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais),
vinculado ao Ministério da Educação.
Ainda assim, o Brasil permanece abaixo da média dos países ricos,
conforme retrata o Pisa, ranking internacional que avalia a qualificação
de estudantes do mundo todo.
No levantamento de 2012 foi
observado que quase metade dos alunos não apresenta competências básicas
de leitura. Além disso, outra análise da mesma organização, mas de
2015, estimou que os estudantes brasileiros são muito fracos na
capacidade de navegar sites e compreender leituras na internet, ficando à
frente apenas da Colômbia e dos Emirados Árabes em um ranking com 31
países.
Inovação digital
As três
revoluções industriais anteriores tiveram início nos países
desenvolvidos, chegando com atraso ao Brasil. A primeira foi a iniciada
no fim do século 18, quando água e vapor foram utilizados para mover
máquinas na Inglaterra. A segunda veio do emprego de energia elétrica na
produção em massa de bens de consumo. A terceira é a do uso da
informática, iniciada em meados do século passado.
A revolução
atual, aliás, segue na esteira dessa anterior: é caracterizada por sua
natureza hiperconectada, em tempo real, por causa da internet. Além das
mudanças nos sistemas de produção e consumo e amplo uso de inteligência
artificial, ela também traz o desenvolvimento de energias verdes.
Com
o fim da diferenciação entre homens e máquinas, uma nova quebra do
modelo de cadeias produtivas e as interações comerciais em que
consumidores atuam como produtores, mais de 7 milhões de empregos serão
perdidos, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial.
Contribuição: bbcbrasil
Ta de parabéns professor.
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