Câmara Municipal de Esperantina não é mais a mesma

Não estou entendo. Não estou mais onde acho que estou.

A eleição para presidência da Câmara Municipal de Esperantina, e acho que de quase todas as câmaras legislativas do Brasil, deve se dar a cada dois anos.

A última eleição onde o vereador Manoel Filho foi eleito aconteceu no início do mandato do atual governo municipal, ou seja, no início de 2017.

Por regras de dúvidas, e eu ainda sei contar, a próxima eleição deveria, isso mesmo - deveria -, acontecer apenas no início de 2019.

Mas não irá acontecer.
Estamos no Brasil e isso significa que Leis podem ser 'mudadas'.

Isso mesmo. A Câmara Municipal elegeu, para mais um biênio (biênio de 2 anos e 06 meses), seu novo presidente.

Não tão novo, pois aconteceu a reeleição do vereador Manoel Filho.
Reeleição, palavra esta que trás calafrios dentro da política, pelo menos para mim.

No entanto, o que mais chama a atenção, pelo menos a minha, são dois aspectos:

primeiro: eleição antes do tempo e;

segundo: não houve resistência para esta reeleição por parte da 'oposição'.

O fato é que de uma hora para outra, saiu na imprensa da capital, uma notícia de que a câmara municipal de Esperantina contam com alguns desvios de conduta financeira quanto ao uso de cabide eleitoral. 

Esta notícia, se era para atrapalhar a reeleição do atual presidente da câmara, não surtiu efeito.

Os vereadores não deram a mínima para os fatos da notícia e na noite de sexta feira (08-06) elegeram, de forma consensual, Manoel Filho, vereador braço direito da gestora municipal.

Até onde lembro dos acordos, nessa eleição era para o vereador Leônidas Quaresma, atual vice presidente, sair como candidato a presidente. 

Mas!

E por onde anda os vereadores eleitos pela oposição à gestora petista?

Era pelo menos 05. Isso mesmo, 05.

Estes se transformaram em 00, não existem mais vereadores oposicionistas. Nesse momento!

Pelo jeito o cabeça branca da ALEPI, líder da oposição legislativa em Esperantina, com medo de atrapalhar, pelo menos manchar, a emblemática escolha de seu nome para ser candidato a vice governador, pediu aos seus subordinados a votarem no único candidato à presidência da Câmara Municipal.

Agora começo a juntar as peças desse complexo enredo eleitoral.

Eleição da câmara municipal antes das eleições estaduais, oposição inexistente e reeleição tranquila.

Acabo de terminar o quebra cabeça.

O cabeça branca é ou não experto na política?
Primeiro ele quer ser escolhido como vice, depois derrubará o índio, tomará o palácio de Karnak, depois derruba a gestora de Esperantina e consequentemente dominará, politicamente, a cidade do Longá.

Bichinho maquiavélico. Boto é fé!

Na vida sempre há uma explicação, na política nem se fala.

Fto - revistaaz  

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