Esperantina: berço dos movimentos sociais

A Ditadura Militar no Brasil provocou a manifestação de muitos grupos sociais ao redor do país que protestavam contra o descaso social, a fome, o desemprego, o descaso do poder público em que vivia nossa gente no fim da década de 1970.

Assim começavam surgir os grupos de mães, associações de bairros, conselhos comunitários, Comunidade Eclesiais de Bases, grupos de jovens, que passaram a dar voz ao pais calado durante a Ditadura.

No início da década de 1980 a cidade de Esperantina, através da Igreja, amadureceu esse movimento social no Piauí, pois o ponta pé foi na periferia de Teresina por volta do fim da década de 1960.

Em Esperantina os movimentos sociais cresceram. A comunidade rural teve voz.

A política foi atingida de frente.

Os políticos partidários que comandavam o país passaram, sem querer, a ouvir a voz dos mais sofridos, dos menos favorecidos.

As ruas passaram a ficarem lotadas pela indignação dos oprimidos.

E assim a cidade de Esperantina passou a ser copiada por outras cidades. Um exemplo vivo de que os mais pobres precisam falar mais alto, em em grupo, para serem atendidos em suas inúmeras necessidades.

Na semana trassada, Esperantina voltou a sentir, mesmo de forma modesta, mais um ato de reprovação por parte de seus governantes.

Um grupo, mais partidário do que social (mas isso não importa neste nosso ponto de vista sobre movimentos sociais) foi às ruas da cidade para protestar contra a situação do Trânsito Municipalizado de Esperantina.

Os poucos (infelizmente) manisfestantes cobraram da prefeitura o fim das multas aos motoqueiros, a retirada de animais das vias públicas e a imediata providência em consertar as vias públicas que estão emburacadas, escuras, lameadas e inseguras.

Dessa forma onde os mais desprovidos de políticas públicas vão às ruas demonstrar suas insatisfações sociais é que faz qualquer gestão municipal ascender a luz amarela da governança, pois sem oposição efetiva nenhuma Situação administra corretamente.

Neste mês de Abril Esperantina voltou a ser aquela Esperantina dos movimentos sociais do início da década de 1980.

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