Esperantina sem carnaval: cartada de mestre


Por que Esperantina não festeja o Carnaval?
Já fizeram esta simples pergunta?

O carnaval é a maior manifestação folclórica, em termos gerais, do Brasil.

Com um território gigantesco, o Brasil apresenta sua riqueza cultural de várias formas, a depender da região geográfica e do espaço/tempo. 

Disso não tenhamos dúvida. 

A mídia viu lucro nisso e passou a determinar, no imaginário popular interno, que a festa de rua, logo denominada CARNAVAL, passasse a ser a 'principal' demonstração do que é ser brasilize.

Pegou/ficou.

Muitas cidades do país adotaram esta festa folclórica como a principal do ano.

Esperantina não.

Antes, e até hoje, Esperantina se contenta com os bailes carnavalescos nos clubes, com os grupo de rua (hoje chamados de bloquinhos), etc.

Anos 70, 80 e início de 1990 foram marcantes, a vida festiva da cidade reunia "foliões" nesses tipos de encontro carnavalesco.

Em meados dos anos 90 veio a grande ideia, de uma dupla dinâmica do entretenimento e da política, em fazer um carnaval fora de época.

Que época seria esta? Para Esperantina, o projeto sairia melhor 40 dias após a realização do carnaval tradicional do país - período da Semana Santa.

A ideia deu certo. Perdurou o tempo suficiente para que os esperantinenses fossem novamente manipulados a acreditar que a cidade não precisa evoluir ao ponto de o carnaval ser festejado em seu devido momento/tempo.

Hoje, o carnaval da cidade é visto pelas autoridades como um momento de descanso, de viagens (mesmo que seja para festejar outros carnavais), de férias, etc.

Para acalmar os ânimos da sociedade sem carnaval, basta anunciar uma festa no segundo semestre, de três dias, doar um trocadinho aos periféricos blocos de bairros, reunir os açougueiros, delegar a segurança ao pé de chumbo, culpar Deus pelas enchentes, se omitir nas faltas de água potável e energia, mandar os edis defender o trânsito caótico e fazer corridinha sob as babas. Pronto. Carnaval feito.

Tchau, até depois das Cinzas.

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