A politicagem que atrasa Esperantina
Alô, alô, alô papai
Alô mamãe
Põe a vitrola pra tocar
Podem soltar foguestes
Que eu passei no vestibular.
A animação está a todo vapor.
Os amigos ouve uma boa machinha de carnaval.
Há foliões de todos os tipos.
Bebidas das mais variadas.
Maisena, goma e muita alegria.
A bebida começa a pegar.
Uns se soltam a vontade.
Beijos, abraços e muitas paqueras começam a se formar.
Mas sempre há aquele mais solto, danado, imprudente.
Pá, acontece o pior.
Este imprudente subiu à mesa e não deu outra.
Foi um estralho só.
Caiu. quebrou o braço.
Chama a ambulância. Mas a ambulância não está no local. Não tem apoio médico no local. Os organizadores do bloco não se preocuparam em dar aos seus foliões o aparato legal quanto aos primeiros socorros.
A mídia cai em cima criticando o organizador por esse deslize de carnaval.
Os foliões pagaram caro pelo abadá, no mínimo deveria ter segurança. E cadê o poder público que também não deu apoios aos seus cidadãos para brincar um carnaval confortável?, diz a manchete do dia seguinte.
Estamos no Carnaval e carnaval que se preza só acontece no Brasil.
Portanto se é Brasil tem politicagem barata no meio.
E se acontecer nesse bloco ter todo o aparato médico para os foliões com uma ressalva: a ambulância foi convocada de forma informal, sem memorando da Secretaria de Saúde, sem abaixo assinado, sem requerimento, sem nada, apenas um pedido formal do organizador junto aos responsáveis da saúde no município? E se algum folião tivesse se machucado será que ambulância, somente por não ter sido convocada de forma formal, deixaria de salvar a vida de um ser humano que gosta de pular carnaval?
Dar licença, sem politicagem, apenas política social.
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