Os monstros do passado glorioso do Futsal esperantinense
Confesso que não tenho bastante experiência vivida para falar dos monstros do futsal esperantinense de antes dos anos 2000.
Não assisti, muito menos presenciei os craques que fizeram do Futsal a grande paixão dos esperantinenses a partir da década de 1980.
Mas ouvi falar.
Muitos relatos contundentes diz respeito de acirradas disputas, não somente em torneios ou entre equipes, mas entre quem seria o melhor atleta em sua época e em sua posição.
Digo disputas no mais estreito sentido brasileiro de falar, pois como todos sabem o brasileiro joga brincando e por isso dar show.
Goleiros como Haroldo Barros, Leão, Kaki, Das Chagas, Raimundo Grande e mais recente Kelio ficarão marcados na eternidade dessa modalidade aqui em Esperantina.
Era uma emoção sem controle ver estes verdadeiros muros de carne e osso debaixo de uma trave dando suas vidas para evitar o gol adversário.
Leão dava um passe de bola com a mão. Praticamente não sabia o que era errar ao passar a bola ao companheiro.
Segurança era com Haroldo e agilidade era com Kaki.
Das Chagas raramente deixava a bola pesada passar por ele quando a história era pênalti.
Raimundo Grande não fica para trás. Campeão era sua cina na década de 1990.
Kélio e sua rapidez na reposição de bolas. Talvez fosse por não usar luvas. Um louco para a época.
Ao sair da área de meta, nos deparamos com outros monstros/estrelas que atraiam multidões de torcedores para prestigiarem seus dribles, suas forças, seus gols.
Seria ótimo biografar cada um dos atletas a seguir, mas deixaremos para outra oportunidade.
Aqui vamos nos ater apenas a relatar quem foram os atletas que fizeram das duas praças esportivas da década de 1980 e 1990 - quadra Noêmia Lages e quadra da Polícia Militar - locais de encontro não apenas de atletas, mais também de corações apaixonados onde hoje muitos de nossos atletas atuais são frutos dessas jogadas do amor.
O que falar dos irmãos Raulinos? Paulo, Miguel e por muitos considerados o maior entre todos os grandes jogadores até hoje Galego, deram sua contribuição para o amadurecimento da prática do Futsal em Esperantina.
Somente os goleiros citados acima tinham a coragem de entrar na frente de um chute de Paulo Raulino.
O pé de cola era Miguel. Para tomar a bola desse homem era necessário quase um time todo.
Ninguém se metia a besta a entrar de uma vez na frente de Galego, pois o drible já estava montado no sangue do mesmo.
Luizinho, policial, e seu sobrinho Pompom deram show. Não ficaram para trás em relação aos irmãos Raulinos. Para bem falar, nenhum atleta citado aqui não deixou a desejar, por isso mesmo são chamados Monstros.
Apenas estiveram no auge dentro de quadra em épocas diferentes.
Reginaldo, o curisco, Juscelino Binú, Poy, Delano, Galvão também fizeram a torcida vibrar, torcer com o coração na mão.
Os irmãos Bandeira e Brasil, Cícero Lages e Ângelo também driblavam as dificuldades de se praticar o futsal no mais alto nível quanto a estrutura mínima que existia.
Ao passo que a década de 1990 ia passando nomes como Zé Luis, Chico Porco, Paulo Afonso, Fernando Cabeleira, Neyandro, Joel, Paulo Mocó e meu único professor Lourival começaram a marcar presença nos holofotes do futsal esperantinense.
Pois é, tive um professor de futsal. O pouco que sei, pelo menos passar a bola corretamente, aprendi na escolinha de futsal do Lourival em meados da década de 1990.
Hoje nos deparamos com melhor estrutura para praticar o futsal.
Vemos muitos jovens praticando esta modalidade, dando continuidade aos bons tempos.
Temos uma das maiores competições de Futsal nordestino e quem nos deu isso?
O maestro das quadras Chaguinha Magalhães. Isso mesmo, Chaguinha Magalhães também marcou história com a bola pesada.
E aqui está, como um grande apaixonado pelo futsal, minha síntese de como foi nosso passado glorioso no futsal.
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