Bibi, bibi, sai do meio que lá vem o Trânsito esperantinense.
99 anos foram precisos para que a máquina pública estadual do Piauí fosse enfim proclamada ineficiente quanto a administração do Trânsito em Esperantina.
Cansada de esperar pelos outros (governo do estado) a governança esperantinense deu o pontá pé para o processo de Municipalização do Trânsito na cidade com a 9ª maior frota de veículos automotores do Piauí (de acordo com o IBGE no ano de 2013).
Com aproximadamente 1.896 carros e 6.365 motocicletas (registrados) Esperantina acaba de finalizar a última etapa para tal Municipalização.
Nessa sexta-feira (15 de Março de 2019) foi realizada uma Audiência Pública nas dependências da Câmara Municipal de Esperantina.
Essa Audiência Pública, de acordo com os trâmites legais, foi a última etapa para que o governo municipal comece a administrar seu próprio trânsito.
A Audiência foi dirigida pela própria gestora municipal Vilma Amorim.
Inúmeras pessoas de várias instituições participaram dessa audiência, incluindo representantes da zona rural, da imprensa e autônomos.
A gestora municipal afirmou que esse 'novo' Trânsito em Esperantina começar a funcionar a partir do primeiro dia do mês de Abril.
O promotor de Justiça da cidade sugeriu à gestão municipal que nessa nova etapa do trânsito esperantinense haja uma melhoria na trafegabilidade bem como a devida pavimentação das vias públicas.
Foi um puxão de orelha bem discreto.
O presidente da OAB/Piauí subseção Barras falou sobre a importância da VIDA neste novo projeto da prefeitura municipal.
O presidente da Câmara Municipal de Esperantina disse que a partir de agora Esperantina ganha mais organização no trânsito.
Um professor que escreve em um jornal de Esperantina parabenizou o promotor pela iniciativa do Projeto de Municipalização ironizando a gestora municipal que é a verdadeira idealizadora do projeto.
Logo depois dos dirigentes falarem foi aberto aos presentes o direito a dar suas opiniões e também tirar algumas dúvidas quanto a esta nova etapa do trânsito esperantinense.
Os dirigentes falaram, como sempre falam, da importância da Conscientização da população quanto à obediência das normas nacionais de trânsito.
Para isso vim a se concretizar disseram que nos próximos dias irão, novamente, fazer as benditas campanhas educativas.
O próprio promotor falou que estas campanhas, pelo menos no meu entendimento, são apenas medidas paliativas, ou seja, não resolve a longo prazo.
É bem verdade que estas campanhas educativas são obrigatórias dentro de um processo de municipalização, mais também é verdade que não surtem efeito positivos.
Em um mundo cheio de informações/conhecimento em que nossa sociedade está enserida a solução mais rápida e a longo prazo são punições, as multas.
Quando o usuário sentir no bolso o efeito de sua desobediência às normas, logo, mesmo que seja pela força, irá começar um processo de educação no trânsito.
Já falamos aqui em nosso blog que estas exigências das normas nacionais não terão benefícios depois de seis meses, ou seja, até o fim desse ano iremos continuar a ver a precariedade do trânsito esperantinense.
Como sugerimos, o Legislativo esperantinense precisa aprovar um Regulamento próprio em consonância às normas federais para que nossa população, pobre e pouca alfabetizada, passe a se enquadrar e respeitar.
Carteira de habilitação para todos, veículos em dias, multas nos valores cobrados a nível federal é impossível isso acontecer por estas bandas. Pode até funcionar nos primeiros dias, mas depois a ineficiência da fiscalização municipal, com apenas dois Agentes de Trânsito e uma Polícia Militar sem nenhuma infraestrutura, ficará impossível cobrar dos esperantinenses uma trânsito de qualidade.
A contração de mais agentes de trânsito, no mínimo mais 08, e a criação da Guarda Municipal com poder de polícia poderia contribuir para melhorar a Fiscalização/Punição no trânsito e consequentemente evitar transtornos nesse trânsito que continua caótico. E a prova disso é que dois dias depois dessa Audiência mais um esperantinense morreu no trânsito por causa de animais soltos em nossas vias públicas.
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