Esperantina continua perdendo identidade arquitetônica/cultural
...Vamos matar nossos pais e avós, pois o que vale são os filhos e netos.
O que importa é o presente e o futuro, passado já se foi...
O que somos? Frutos de um passado.
Nossos costumes vêm do meio, sejam eles familiares, religiosos, econômicos e mais abrangentes, sociais.
Esperantina é hoje o que foi ontem. Nosso povo, consequência de tudo isso e mais um pouco.
Como querer/desejar um futuro brilhante, moderno sem reconhecer nosso passado de tradições, costumes?
Se na década de 1980 encontrou-se um meio termo de conviver o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade do meio ambiente, porque em pleno século XXI não podemos encontrar maneiras de VIVER o passado em paralelo com o presente para termos um futuro digno através da preservação/conservação dos nossos patrimônios arquitetônicos?
Fácil! Basta colocarmos na ponta de caneta em forma de Lei e que tais Leis sejam colocadas em prática.
Os 05 novos vereadores de primeira viagem já têm o que fazer: Leis para preservar/Conservar o pouco que ainda temos em riquezas arquitetônicas.
Os prédios são particulares? Conversa fiada. A Constitucionalidade serve para resguardar o que é de interesse coletivo e isso ultrapassa o interesse privado. Quando querem, é claro!
Mais uma mancha negra é aberta em Esperantina com a demolição do prédio do saudoso Gervásio Lages, bem no centro da cidade na madrugada de sábado (23 de janeiro de 2021).
Tantas outras riquezas arquitetônicas esperantinenses já foram embora, serão apenas pequenas fagulha em nossas lembranças. Nos restam poucas. Há tempo de fazer alguma coisa para continuarmos a ter pelo menos poucas invés de nenhuma.
O secretário de educação, grande apoiador da cultura local, lamentou muito esta grande perda.
Por outro lado, para quem defende a Cultura e fala em bom tom que é contra esta arquitetura antiga no mínimo não sabem o que falam. Coitados! Arquitetura é sinônimo de Cultura.
Lamentável ver quem apoie tamanha atrocidade. Talvez estes sejam o nosso futuro sem raízes, sem alma, sem passado, sem história.
Que os antolhos sejam retirados de vossas vidas.
"Posso não concordar com nenhuma palavra que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la" - Voltaire.
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