Em Esperantina as enchentes são bem-vindas


Prazer, me chamo Esperantina. Sejam bem-vindas queridas enchentes.
Faz parte do calendário social esperantinense o período das enchentes. Não podemos fugir disso. 

O Rio Longá sempre esteve por aqui. A cada ano as chuvas de verão, confundidas com o período do Inverno, "enche" nossos corações, nossa alma, nosso bucho e nossas "casas".

As "benditas", fruto da ação humana e longe ser totalmente natural, trazem prejuízos gingantescos, seja na proliferação de doenças, na demolição de casas, pastos, inatividade da economia em alguns setores, perdas materiais para muitas famílias quantos aos seus pertences e transtornos a pais e filhos esperantinenses.

Como nada é feito como política de Estado para amenizar esta desconfortante realidade é de imaginar que as enchentes já se tornaram um NEGÓCIO LUCRATIVO para o poder público e privado de nossa cidade.

Todos sabemos que os Estados de Calamidades trazem um trocadinho estadual e federal para os municípios, além de permitir, sem Licitação, a compra de materiais, compras estas feitas no âmbito privado, é lógico, por parte dos governantes municipais.

Através desse prisma, sem falar no descaso de não distribuição da totalidade dos insumos enviados pelos órgãos responsáveis aos afetados pelas enchentes, imagina que Enchente hoje em dia é sinônimo de Lucratividade, seja no âmbito econômico, seja no político, pois no social e no ambiental não é.

Esperantina acaba de entrar, novamente, na lista dos municípios sujeitos a uma nova enchente. Tudo de novo aos olhos dos velhos.

Que comece os blá, blá, blás políticos, mas não me venham "encher" o saco.
Esperamos que agora mude, pois a esperança é a última que morre.

"Posso não concordar com nenhuma palavra que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la" - Voltaire.

Fto - oolhar.com

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