Autoridades de Esperantina fazem pouco caso para animais nas rodovias
Historicamente o Piauí tem um caso atípico, comparado a outros estados nordestinos, quanto a pecuária, em especial a bovina.
O Piauí foi um dos poucos estados nordestinos, se não o único, a "nascer" e se desenvolver com a atividade da pecuária com grande destaque para a criação bovina.
Esta atividade econômica se deu do interior em direção ao litoral.
Outra peculiaridade piauiense, pois os demais estados na região Nordeste tiveram seu desenvolvimento ao contrário - do litoral para o interior.
Devido a grande importância da atividade pecuarista bovina no passado, o Piauí 'resolveu' criar seus animais soltos enquanto as plantações (agricultura) tiveram que ser resguardadas por cercas dos animais que viviam e ainda vivem soltos.
Isso quer dizer: animais soltos, plantações cercadas. Nos demais estados do nordeste, ou mesmo do país, ocorre o contrário: animais presos e plantações 'abertas'.
Uma das consequências dessa histórica, e bem diferenciada, atividade pecuarista é grande quantidade de mortes nas rodovias do estado, com destaque para a cidade de Esperantina. De onde estamos falando, é claro.
A população cresceu, as rodovias precisaram aumentar devido os avanços do comércio, da indústria e do próprio contingente populacional e mesmo com a 'diminuição' dos rebanhos, as mortes humanas em nossas vias de acesso são constantes e em grande quantidade.
Mesmo famílias sendo dilaceradas pelas incomparáveis perdas humanas em todo o ano, o tema não parece ser importante para as autoridades darem um basta nisso.
Continuam com animais nas rodovias e pais e mães de famílias sendo enterrados uns sobre os outros.
Ninguém não fala nada, não aparecem os culpados, indenizações são esquecidas.
Ministério Público em silêncio. OAB não se manifesta. Poderes Legislativo e Executivo fazem de conta que não é com eles. As sociedades organizadas fecham os olhos.
Enquanto isso, nesse caso, os animis é que são protegidos.
Se faz necessário processar o Governo federal (rodovia federal), estadual (rodovias estaduais) e municipal (estradas vicinais), além dos pecuaristas que estão criando seus animais de forma extensiva fora de suas propriedades.
Quando sentirem no bolso, poderão fazer algo para evitar as inúmeras mortes humanas.
Infelizmente, a maior parte dos donos desses animais são os próprios representantes do povo ou 'donos' da Lei.
Assim fica difícil!
"Posso não concordar com nenhuma palavra que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la" - Voltaire.
Fto - pmnc
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