Rede estadual de ensino do Maranhão poderá entrar em Greve por falta do reajuste do Piso

O governo do Maranhão, apoiado na certeza da impunidade, teima em não dar o devido reajuste do Piso do Magistério aos seus servidores.

Mais um ano se inicia com perdas salariais dos profissionais da educação maranhense.

No ano de 2022 o reajuste de mais de 33% do Piso do Magistério não foi concedido. Agora em 2023, os quase 15% de reajuste ainda não foi sequer tratado na mesa do governador Carlos Brandão com a categoria.

Dizem que o Maranhão paga um dos melhores salários aos professores de todo o país. Na prática, não bem assim.

Não é porque está pagando acima do piso que os reajuste não devam ser de acordo com a Lei do Piso Nacional.

Os salários dos profissionais da educação do Maranhão são compostos por:

Vencimentos + GAM (gratificação de Atividade do Magistério).

Essa GAM é equivalente a 120% do vencimento.

Essa GAM foi a grande responsável pela atração de professores pela rede estadual maranhense.

A grande questão agora é que há um debate se o professor, ao se aposentar, irá ter como direito em sua aposentaria tanto os vencimentos como a GAM ou apenas os Vencimentos.

Uma outra questão, essa mais atual, fala se a GAM é ou não é parte do Piso salarial.

A justiça diz que sim, a categoria diz que não.

Isso quer dizer que o governo considera o Piso do Magistério incluindo a GAM enquanto a categoria defende que o Reajuste do Piso Nacional seja dado em cima apenas dos Vencimentos, para só depois fazer o cálculo dos 120% da GAM sobre os vencimentos.

Ao considerar a GAM como salário, o governo maranhense sustenta um dos melhores salários do país. Mas deixemos claro, não é um salário real, pois no fim de sua carreira profissional o professor 'poderá' ter perdas irreparáveis.

Com essa teoria de que a GAM é salário, o governo do Maranhão a cada ano só reajusta o valor anual total por aluno (VAAF).

E assim a luta continua.

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