Esperantina: de ponte de madeira a ponte metálica
Como seria o acesso de Esperantina à Teresina se não tivéssemos a ponte de concreto sobre o Rio Longá nas margens urbanas de nossa cidade?
Em um passado não muito distante, Esperantina já viveu sem a famosa ponte que liga a cidade ao sul do estado, em especial à capital Teresina.
Antes, as pessoas, as mercadorias e os animais, com destaque para o gado bovino, eram transportados da margem direita à esquerda do rio, e vice-versa, por meio de canoas. Mesmo quando as águas baixavam, no período de junho a dezembro, não era possível atravessar o rio sem a ajuda das canoas, pois o rio, pelo menos na margem urbana de Esperantina, sempre foi perene.
A cidade se desenvolveu ainda mais depois que a ponte foi construída.
A logística econômica foi beneficiada com esse acesso. No que diz respeito ao comércio local, tudo ficou mais fácil e rápido. Portanto, podemos dizer que a ponte sobre o Rio Longá é sinônimo de progresso.
Se fazermos uma ligação dessa 'ponte' de concreto às 'pontes políticas' que tanto vislumbra a cidade de Esperantina no cenário político estadual, podemos fazer certas colocações.
A primeira que destacamos é que antes a 'ponte política' entre o governo municipal e o estadual, sediado em Teresina, era feita de madeira.
A segurança era frágil. A certeza de ir e não voltar era grande. Os carros, animais, bicicletas e motos poderiam cair a qualquer momento na água. Se Esperantina fosse pela manhã à Teresina atrás de benefícios para nossa gente, através dessa 'ponte de madeira', o retorno demoraria não somente o restante do dia, mas da semana, do mês e até do ano.
A ligação estre os dois poderes era bem distante. Sempre na ponta da cidade de Teresina tinha alguém para fazer com que o progresso não voltasse com facilidade à Esperantina por meio dessa 'ponte de madeira". A vontade do povo daqui era grande, mas a ponte não deixava, pois era sinônimo de estagnação política e econômica.
A outra colação que pontuamos é que HOJE a 'ponte' entre Esperantina e Teresina é metálica, de última geração.
Tudo fico mais fácil. Não há nada que atrapalhe o progresso.
Até um novato na política, nessas circunstâncias de uma 'ponte metálica' como esta, poderia trazer benefícios a Esperantina por meio do governo estadual.
Pele primeira vez na história a trafegabilidade entre Esperantina e Teresina está sendo feita por uma 'ponte metálica'. Se Esperantina ir à Teresina pela manhã, o retorno da ajuda pedida se dar ainda na parte da tarde. A mesa de negociação não é mais a sala de reunião do Palácio de Karnak, é a sala de jantar de Rafael Fonteles.
Vejamos: o governo estadual vem se reunindo com prefeitos de todo estado na sala oval da sede do governo. As reuniões estão ocorrendo por regiões socioeconômicas.
Devido a 'ponte metálica' existente por aqui, a única cidade que não participou dessas reuniões na bendita sala oval foi Esperantina. Porquê? Porque a 'ponte metálica' daqui dar acesso à sala de jantar do governador, seja pela manhã, a tarde ou a noite.
Ninguém ousa atrapalhar o vai e vem do progresso tão almejado por Esperantina através dessa 'ponte metálica'.
Antes não tínhamos essa ponte. Então, qualquer que fosse o administrador, a gestão não seria tão boa, pois a ponte era de madeira.
"Posso não concordar com nenhuma palavra que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la" - Voltaire.
Fto - g1pi
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