Mais miseráveis no Brasil


Não sei vocês, mas eu acordei agora.

Meu sono estava carregado de miséria. Há 11 anos dormia e não sentia nada além dos turbulentos sociais de meus 'inseguráveis' pesadelos de quando estava acordado.

De um mundo cheio de fome uma pequena sensação de menos dor eu sentia. Eram tantos miseráveis. Eram tantos pobres, muita comida, poucos pratos.

A fome dói, mas não quero pensar nisso agora.

Para quem acabou de acordar e ter que ouvir que bastava plantar mais, irrigar mais, tirar ou colocar certos governos frentes a países verdes seria a grande solução da fome nessa realidade chamada Terra até que eu gostaria de ser, literalmente, congelado agora para não ter que morrer de fome novamente.

Não está bem. Tenho remelas nos olhos, me falta forças, água para limpar o rosto e passar a ver com clareza a realidade atual.

Pode o momento até está bem para vocês que estão pagando caro no arroz, na carne, no gás, na gasolina, na educação, sem um devido reajuste no salário mínimo a anos, sendo conduzidos a morrerem de pandemia sacando uma caríssima arma na mão. Cada um com sua sentença, pois cada cabeça uma loucura.

Mais para mim, recentemente acordado das profundezas de um sono que não volta tão cedo, não está nada bem, pelo contrário, está tudo péssimo, pois as expectativas não são das melhores. Não somente pelo relatado acima, mas pelos assentimentos de quem sofre tais mazelas dos opressores, a situação só piora, pois podem continuar a falar quaisquer asneiras e os pobres de espírito irão continuar a aplaudir seus próprios funerais.

"Posso não concordar com nenhuma palavra que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la" - Voltaire.

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